sábado, 22 de dezembro de 2007

Ei Alma...

É estranho seguir os dias minimizando dores por outrem. De que vale termos alma, se a mesma não puder expor-se? E a minha alma não cabe em caixinha, ela é grande e barulhemta, dá risadas e julga pouco. Ela é livre, é companheira, e não me maltrata por ser quem é. Gosta de cores, muitas cores... Na verdade ela é uma grande amiga.

Eu canto então, uma canção pra minha alma, que acompanha-me diariamente nessa sólida vida-momento. Esteja comigo amiga, até o ultimo dia de mim.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Adubo forte para peito feliz

Olha lá... É o meu coração... Este amigo forte – que por tantas vezes parou, hoje sente um pulsar compassado. Mas que ritmo contagiante. Olha só, como é vibrante... E a cada proferir de voz... E quando cantas – é que me encantas ainda mais... Esse mistério centrado em você. Seu eu – o meu! Juntos, não somos fonte? Do quê? Eu não sei. Nem nós sabemos. Mais estar ao seu lado, já me basta. O que é mesmo isso que emanas? Luzes? Sons? Murmurinhos?
Ah passarinho... Para mim, agora, és alimento de alma. Adubo forte para peito feliz. Bem vindo amor. Ao jardim de mim.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Amiga íntima, a intimidade.

Quando a intimidade nossa amiga,
Torna-nos a rondar,
Esquiva-se...
Para bem longe... E a intimidade,
Que nada tem a fazer com uma pessoa só,
Volta para o seu leito,
De onde recorda e desperta,
Apenas em dias de sol...
De muito sol...
Na verdade, o sol deve estar a pique...
Em plenitude de brilho e cor...
Daí a intimidade brota e estimula nascer de amor...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

(Título? O sol aquece a alma e nutre florzinhas esquecidas pela fria vida ou A história do desamor de Lóri e Ulisses).

(Desculpe-me Clarice Lispector, por utilizar o mesmo nome de personagens que um dia também roubastes de alguem!)

***


E, mais uma vez, ela sente o dia cair e percebe a cor do fim da tarde, o vermelho fogo arde no crepúsculo, enquanto os ânimos e âmagos fervilham quente como o sol, que recolhe-se em mais um dia de trabalho cumprido. Quanto pesar surpreende o seu peito nesta nova noite de lua nova. Do alto de suas verdades, ela debate-se em pensamentos e sensações descritivas, donde tenta, retirar teorias para o rubor que aquece-lhe a face e lhe contorce as vísceras. As respostas, antes falhas, tornaram-se escassas, na medida em que Ulisses afastava-se lentamente de Lóri. Ela não entendia o sumiço do bom moço, que antes parecera-lhe ofertar afeto de bom grado, de bom coração. O que Lóri realmente não sabia, é que o comportamento de outrem ora pode ser modificado, ao mais louco variar do ser humano. Inexiste a tal fórmula de se viver em alinho, em acerto. Pela singularidade do ser, reconhece-se de longe, infinitas variâncias e nuances de auras diversas, tornando-se então impossível para Lóri, a determinação fiel dos atos do amado.
Decidida a não mais corroer-se de temor, ela resolve dar um basta em tudo isso:
- Não, não pensarei mais nesta dor. Esta dor, que já não mais me pertence. Mais vale sentir novo amor acabado do que transformar boas sensações em desamor.
Esta teoria desenvolvida por Lóri ao longo de sua curta e tumultuada vida terrena, mostrava fidedignamente a face de alguém que sofrera tormentas ao longo do tempo, as mais variadas conturbações foram sentidas e provadas pelo peito ferido desta moça. Mas, mesmo com todas essas angústias, ela prosseguia, incessantemente, rumo ao nada – rumo aos dias... Pois sim, a única coisa que da vida ela esperava, era o nascer dos novos dias...
Desta forma, Lóri desenvolveu um grande apego e apreço pelo Astro rei. Sim, o único amigo que ela acreditava ser puro, ser fiel. Por isso depositava as suas esperanças diariamente nele, no amigo Sol. E como era quente essa relação. Este bondoso amigo conseguia encher de luz os seus dias... Possuía cores vibrantes, em tons de amarelo, laranja e até vermelho, a cor mais apreciada por ela. E por ele, ela passou a viver, desenvolveu estreita relação de amor e ternura, passou a guiar-se, moldar-se de acordo com a sua força. A primeira coisa que Lóri fazia ao acordar era observá-lo logo cedo. E inconsciente, ela já pensava, quando não falava, em voz alta:

- Bom dia Sol!

Vestia-se de acordo com a luz e força irradiada pelo amigo. Alimentava-se também em alinho com tais sinais. Passou a viver seus dias, sempre a espreita do novo dia, sempre da forma que mais lhe pareceu correto. Bem verdade que o contorcer de vísceras antes causado pela espera por Ulisses, mascarado tornou-se, pois Lóri insistia em culpar as nuvens por desagrados em sua alma.
- Como um ser vivo pode então atormentar-me? Não... Esse aperto que sinto em meu âmago, é sim, por causa das nuvens. Elas enchem de sombra a minha luz, esfriam o meu ser, muitas vezes, chegam a molhar de chuva o meu peito, que cheios de água assemelham-se a olhos chorões. E na minha vida, olhos chorões não existem! (Exclama Lóri, tentando converter o real motivo das dores plantadas em peito florido em minúcias temporais do mundo).
O que faltava na verdade nos dias de Lóri, era certeza plena de afeto e dádiva. Pois o sol que tanto lhe era importante e essencial, causou-lhe subjetivo mal subseqüente a sua dor. A cegueira temporária, que a impedia de distinguir dores de amores de casos de caos de afins. Este conto mal contado na verdade, conta o desencanto de alguém que perdeu o encanto pelo amor. E não há nada mais sofrido e maldoso para a alma de um ser: Viver negligenciando o próprio peito. Logo, o peito terra que é a parte inteira essencial para cada humano-ser, tornou-se para Lóri terreno arenoso, como o deserto. Pois ela permitiu que o amigo Astro Rei secasse o solo fértil que outrora, Ulisses nutriu e floriu.
O amigo sol é deveras poderoso. (Silenciava Lóri em pensamento). Ela, sim acreditava, que as suas alegrias seriam desenvolvidas naturalmente com a cadência natural de a vida viver.
Enganou-se. Por amar demais o belo, amou o sol como a ti mesmo. E o sol apesar de não ser inconstante como a lua e como Ulisses, era tão agressivo quanto. Só então Lóri percebeu, que exatamente todas as figuras que compõem o Universo, sejam elas vivas ou não, animadas ou não, aquecidas ou não, possuem sim duas faces. Uma, pode perfeitamente anular ou inibir temporariamente a outra. Mas as composições criadas por unção destas figuras são essenciais para que a vida aconteça. Então, partimos do princípio mulçumano do “Maktub - Está escrito”. Ela passou a crer em outra coisa além do sol amigo aquecido. Passou a acreditar em algo que lhe fora desenvolvido ao longo dos dias e dos sofrimentos – no triste consolo da impotência. Nada posso contra a força natural da vida. É o destino.
E mais uma vez, ela lembrou-se do rosto e gosto de Ulisses. E sofreu por isso... E sentiu, novamente, o apertar e gelar de suas entranhas... Como foi importante Ulisses nesse pouco tempo. Como me mostrou coisas boas. Como serenou o meu ser, mesmo desenvolvendo angústia simultânea... Uma grande tristeza abateu Lóri, mais uma vez... Ela nada mais possuía. Nem Ulisses, nem o sol, nem mesmo a sua impotência. Pois a impotência já havia sido pré-determinada pela vida. Então, não lhes possuía.
Lóri remete-se a sua lembrança, a sua infância. Como fui feliz um dia. Pensou a moça. Sentiu o rubor de sua face ao imaginar-se pequena novamente, sendo amada e adorada pelos familiares que a acalentaram. Então, rapidamente associação fez sobre tudo, sobre tudo:

- A maior prisão do ser grande é o pensamento livre. (Proclamou em voz alta)
Quanto mais se sabe, aprende-se e sofre-se. Então sabiamente, ela concluiu:
- A doçura em viver caminha em escassez ao longo da vida, portanto, distribua suas felicidades e glórias em partículas luminosas a todos os que tropeçar em seus caminhos. Absolutamente, todos. E não importe-se no volume em que distribui estes afetos. Tampouco na reposição destes afetos. Se acontecer, será feito de forma natural. E seletiva.

Não espere nem deposite anseios e desejos em outrem. Quando nascemos, perdemos as chaves do portão rumo da vida. Isso é privilégio de deuses. E Lóri, era uma simples mulher.

O que se sabe hoje, dos dias dela, é que sim, ela ainda mora naquela simples casa colorida e quente, perto do mar. O sol ainda lhe acompanha, diariamente, numa viciosa relação aquece-peito. Ulisses, não mais retornara a sua casa, como costumava fazer. Ela passou a conviver com os seus dias apenas, de forma simplista. Era a forma mais fácil que encontrara para amenizar as suas ânsias. Quando vive-se de acordo com suas teorias, não é que a vida realmente torna-se mais fácil? (Sorriu Lóri, em mais um fim de dia).

In – Feliz.

(Teoricamente, sim Lóri. Mais lembre-se: teorizamos o que tecnicamente, nos ameniza a alma. Uh, que difícil viver caros amigos).






FIM (Fim?). (ponto de continuação).

Mais que pesado, irmã.

No fundo do meu eu,
eu ouço bem baixinho,
cantigas de mal querer...
**
Cantam para mim
Sinto.. aqui.. bem condoído,
O ardor do desamor...

**
Nos olhares, sinto o mal,
e me espreitam pelas sombras,
não consigo refutá-los...
é distante do que tenho...

**
como então fugir da rota,
dessas garras perigosas?
em entrelinhas,
rogam-me pragas...
Corajosamente, face a face!
E com efeito burburinho,
Emano algumas palavras,
Sem sentido, tôla, fácil
Mais sigo a minha linha.
Não me desvio.
Nem mesmo,
Quando desviam-se em mim...

(Toda experiência é benévola, as sofridas, as não doídas... e não é que há beleza na dor de amor?)

PERMITA-SE!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Oi, Céu vermelhinho..

Ai de mim
que vivo aqui
a imaginar-te mais uma vez
compondo pedacinhos de mim

.........................

a esperança é realmente muito doce
convidativa, amiga e expressiva
sempre me mostra
o quanto ela gosta
de me ver tão bem assim

.........................

e quando eu volto pra casa
cansada de mais um dia
o céu me diz assim
- me vê? me vê vermelhino indo dormir?
-uma coisa eu te digo matusquela
tenha pressa em ser feliz...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Desalinhos devidamente alinhados em mim!

...e um frio de repente, tomou conta de minhas entranhas sem que eu pudesse evitar, agir contra ou defender-me apenas... tomada fui, por tamanha força física temporal - o "frio- amor" que gela o peito e nos enfraquece... nunca mais eu lembraria desta dor de amor, se provada novamente eu nunca fosse... mas não há quem consiga ir contra as resoluções do destino... é no mais remoto caminhar, que em algumas ocasiões, surgem o chão dos novos passos... e se isso acontece, efeito inteligente a natureza pretende que soframos. Mutações necessárias para um bom evoluir de alma terrena... a vida que vive-se com intensa voracidade no dia a dia traduz-se logo mais, em dias já contados, passados, vividos... e o que adianta iniciar e conduzir a linha vitalícia em certeiro alinho, se desalinhar-se de nós mesmos é o que diariamente, a própria vida noz faz?
Incoerente a vida? Malvada, bandida?
Não... a vida é professora.. que não teoriza sentimentos e não aplica métodos inovadores para aperfeiçoamento de pessoas... Aprende-se a viver vivendo.... na prática.. Viva e viva.

domingo, 2 de dezembro de 2007

como poder viver sem parte inteira de mim mesmo?

Em épocas novas de luzinhas brilhantes,
Sinto meu peito ansiando por respostas...
Mais o tempo, me fala em entrelinhas
O que muitas vezes, eu não consigo traduzir...
Grita justamente fatos e verdades,
Que passa-se nesta minha vida carrossel...

Em cada manhã,
Em cada nova cor de azul do céu vista por mim
Nasce simultaneo desejo de compartilhar um afeto
Uma vida,
Uma xícara de café,
Um beijo de boa noite,
Um sorriso cumplice,
Um ombro fiel, forte e amigo...

Enxergo-me, frente ao perigo maldoso da solidão
Por opção,
Por opção,
Pois novamente, a mim seria traição
Privar-me do simples desejo de desejar-te, só a ti...
Só a ti, só a ti, só a ti...
E ai, como eu te desejo!!!!!!!!!!!

Há tantos tempos já estás aqui... você bem sabias...

Existiu a um certo tempo atrás
Um lugar mágico
Onde inconscientemente eu me fiz perceber
Que lá, estava o grande enlace de minh'alma.
*
Não sei por que cargas d'água do destino,
a vida forçou-me a ir de encontro à minha própria vida
Talvez para que eu pudesse preparar-me a alma
Para só então receber-te em meu peito...
Precisava sim estar
Repleta de certezas e desejos
E indestrutível vontade de querer ver-te em mim
A cada dia novo que a vida me presenteia...
*
Mesmo sem que você saiba meu amor
Ja faço isso
Enxergo-te em mim,
Todos os dias...
Imagino-te aqui,
perto de mim...
*
Cuidados mútuos,
Desejos mútuos,
Amor correspondido,
Gratuito,
Simbiose justa e feliz...
*
De uma coisa eu sei,
Fazemos bem um ao outro,
Diariamente,
pelo simples fato de existirmos,
mesmo que de longe,
na vida um do outro..
*
E mesmo que a danada vida,
Não haja a nosso favor nunca neste ciclo que nos encontramos hoje,
Não há fatos que mudem,
Pois o amor,
Ah, o meu amor,
Ele foi, pré-estabelecido por nós,
Antes mesmo de sermos quem achamos que somos!