sábado, 22 de dezembro de 2007

Ei Alma...

É estranho seguir os dias minimizando dores por outrem. De que vale termos alma, se a mesma não puder expor-se? E a minha alma não cabe em caixinha, ela é grande e barulhemta, dá risadas e julga pouco. Ela é livre, é companheira, e não me maltrata por ser quem é. Gosta de cores, muitas cores... Na verdade ela é uma grande amiga.

Eu canto então, uma canção pra minha alma, que acompanha-me diariamente nessa sólida vida-momento. Esteja comigo amiga, até o ultimo dia de mim.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Adubo forte para peito feliz

Olha lá... É o meu coração... Este amigo forte – que por tantas vezes parou, hoje sente um pulsar compassado. Mas que ritmo contagiante. Olha só, como é vibrante... E a cada proferir de voz... E quando cantas – é que me encantas ainda mais... Esse mistério centrado em você. Seu eu – o meu! Juntos, não somos fonte? Do quê? Eu não sei. Nem nós sabemos. Mais estar ao seu lado, já me basta. O que é mesmo isso que emanas? Luzes? Sons? Murmurinhos?
Ah passarinho... Para mim, agora, és alimento de alma. Adubo forte para peito feliz. Bem vindo amor. Ao jardim de mim.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Amiga íntima, a intimidade.

Quando a intimidade nossa amiga,
Torna-nos a rondar,
Esquiva-se...
Para bem longe... E a intimidade,
Que nada tem a fazer com uma pessoa só,
Volta para o seu leito,
De onde recorda e desperta,
Apenas em dias de sol...
De muito sol...
Na verdade, o sol deve estar a pique...
Em plenitude de brilho e cor...
Daí a intimidade brota e estimula nascer de amor...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

(Título? O sol aquece a alma e nutre florzinhas esquecidas pela fria vida ou A história do desamor de Lóri e Ulisses).

(Desculpe-me Clarice Lispector, por utilizar o mesmo nome de personagens que um dia também roubastes de alguem!)

***


E, mais uma vez, ela sente o dia cair e percebe a cor do fim da tarde, o vermelho fogo arde no crepúsculo, enquanto os ânimos e âmagos fervilham quente como o sol, que recolhe-se em mais um dia de trabalho cumprido. Quanto pesar surpreende o seu peito nesta nova noite de lua nova. Do alto de suas verdades, ela debate-se em pensamentos e sensações descritivas, donde tenta, retirar teorias para o rubor que aquece-lhe a face e lhe contorce as vísceras. As respostas, antes falhas, tornaram-se escassas, na medida em que Ulisses afastava-se lentamente de Lóri. Ela não entendia o sumiço do bom moço, que antes parecera-lhe ofertar afeto de bom grado, de bom coração. O que Lóri realmente não sabia, é que o comportamento de outrem ora pode ser modificado, ao mais louco variar do ser humano. Inexiste a tal fórmula de se viver em alinho, em acerto. Pela singularidade do ser, reconhece-se de longe, infinitas variâncias e nuances de auras diversas, tornando-se então impossível para Lóri, a determinação fiel dos atos do amado.
Decidida a não mais corroer-se de temor, ela resolve dar um basta em tudo isso:
- Não, não pensarei mais nesta dor. Esta dor, que já não mais me pertence. Mais vale sentir novo amor acabado do que transformar boas sensações em desamor.
Esta teoria desenvolvida por Lóri ao longo de sua curta e tumultuada vida terrena, mostrava fidedignamente a face de alguém que sofrera tormentas ao longo do tempo, as mais variadas conturbações foram sentidas e provadas pelo peito ferido desta moça. Mas, mesmo com todas essas angústias, ela prosseguia, incessantemente, rumo ao nada – rumo aos dias... Pois sim, a única coisa que da vida ela esperava, era o nascer dos novos dias...
Desta forma, Lóri desenvolveu um grande apego e apreço pelo Astro rei. Sim, o único amigo que ela acreditava ser puro, ser fiel. Por isso depositava as suas esperanças diariamente nele, no amigo Sol. E como era quente essa relação. Este bondoso amigo conseguia encher de luz os seus dias... Possuía cores vibrantes, em tons de amarelo, laranja e até vermelho, a cor mais apreciada por ela. E por ele, ela passou a viver, desenvolveu estreita relação de amor e ternura, passou a guiar-se, moldar-se de acordo com a sua força. A primeira coisa que Lóri fazia ao acordar era observá-lo logo cedo. E inconsciente, ela já pensava, quando não falava, em voz alta:

- Bom dia Sol!

Vestia-se de acordo com a luz e força irradiada pelo amigo. Alimentava-se também em alinho com tais sinais. Passou a viver seus dias, sempre a espreita do novo dia, sempre da forma que mais lhe pareceu correto. Bem verdade que o contorcer de vísceras antes causado pela espera por Ulisses, mascarado tornou-se, pois Lóri insistia em culpar as nuvens por desagrados em sua alma.
- Como um ser vivo pode então atormentar-me? Não... Esse aperto que sinto em meu âmago, é sim, por causa das nuvens. Elas enchem de sombra a minha luz, esfriam o meu ser, muitas vezes, chegam a molhar de chuva o meu peito, que cheios de água assemelham-se a olhos chorões. E na minha vida, olhos chorões não existem! (Exclama Lóri, tentando converter o real motivo das dores plantadas em peito florido em minúcias temporais do mundo).
O que faltava na verdade nos dias de Lóri, era certeza plena de afeto e dádiva. Pois o sol que tanto lhe era importante e essencial, causou-lhe subjetivo mal subseqüente a sua dor. A cegueira temporária, que a impedia de distinguir dores de amores de casos de caos de afins. Este conto mal contado na verdade, conta o desencanto de alguém que perdeu o encanto pelo amor. E não há nada mais sofrido e maldoso para a alma de um ser: Viver negligenciando o próprio peito. Logo, o peito terra que é a parte inteira essencial para cada humano-ser, tornou-se para Lóri terreno arenoso, como o deserto. Pois ela permitiu que o amigo Astro Rei secasse o solo fértil que outrora, Ulisses nutriu e floriu.
O amigo sol é deveras poderoso. (Silenciava Lóri em pensamento). Ela, sim acreditava, que as suas alegrias seriam desenvolvidas naturalmente com a cadência natural de a vida viver.
Enganou-se. Por amar demais o belo, amou o sol como a ti mesmo. E o sol apesar de não ser inconstante como a lua e como Ulisses, era tão agressivo quanto. Só então Lóri percebeu, que exatamente todas as figuras que compõem o Universo, sejam elas vivas ou não, animadas ou não, aquecidas ou não, possuem sim duas faces. Uma, pode perfeitamente anular ou inibir temporariamente a outra. Mas as composições criadas por unção destas figuras são essenciais para que a vida aconteça. Então, partimos do princípio mulçumano do “Maktub - Está escrito”. Ela passou a crer em outra coisa além do sol amigo aquecido. Passou a acreditar em algo que lhe fora desenvolvido ao longo dos dias e dos sofrimentos – no triste consolo da impotência. Nada posso contra a força natural da vida. É o destino.
E mais uma vez, ela lembrou-se do rosto e gosto de Ulisses. E sofreu por isso... E sentiu, novamente, o apertar e gelar de suas entranhas... Como foi importante Ulisses nesse pouco tempo. Como me mostrou coisas boas. Como serenou o meu ser, mesmo desenvolvendo angústia simultânea... Uma grande tristeza abateu Lóri, mais uma vez... Ela nada mais possuía. Nem Ulisses, nem o sol, nem mesmo a sua impotência. Pois a impotência já havia sido pré-determinada pela vida. Então, não lhes possuía.
Lóri remete-se a sua lembrança, a sua infância. Como fui feliz um dia. Pensou a moça. Sentiu o rubor de sua face ao imaginar-se pequena novamente, sendo amada e adorada pelos familiares que a acalentaram. Então, rapidamente associação fez sobre tudo, sobre tudo:

- A maior prisão do ser grande é o pensamento livre. (Proclamou em voz alta)
Quanto mais se sabe, aprende-se e sofre-se. Então sabiamente, ela concluiu:
- A doçura em viver caminha em escassez ao longo da vida, portanto, distribua suas felicidades e glórias em partículas luminosas a todos os que tropeçar em seus caminhos. Absolutamente, todos. E não importe-se no volume em que distribui estes afetos. Tampouco na reposição destes afetos. Se acontecer, será feito de forma natural. E seletiva.

Não espere nem deposite anseios e desejos em outrem. Quando nascemos, perdemos as chaves do portão rumo da vida. Isso é privilégio de deuses. E Lóri, era uma simples mulher.

O que se sabe hoje, dos dias dela, é que sim, ela ainda mora naquela simples casa colorida e quente, perto do mar. O sol ainda lhe acompanha, diariamente, numa viciosa relação aquece-peito. Ulisses, não mais retornara a sua casa, como costumava fazer. Ela passou a conviver com os seus dias apenas, de forma simplista. Era a forma mais fácil que encontrara para amenizar as suas ânsias. Quando vive-se de acordo com suas teorias, não é que a vida realmente torna-se mais fácil? (Sorriu Lóri, em mais um fim de dia).

In – Feliz.

(Teoricamente, sim Lóri. Mais lembre-se: teorizamos o que tecnicamente, nos ameniza a alma. Uh, que difícil viver caros amigos).






FIM (Fim?). (ponto de continuação).

Mais que pesado, irmã.

No fundo do meu eu,
eu ouço bem baixinho,
cantigas de mal querer...
**
Cantam para mim
Sinto.. aqui.. bem condoído,
O ardor do desamor...

**
Nos olhares, sinto o mal,
e me espreitam pelas sombras,
não consigo refutá-los...
é distante do que tenho...

**
como então fugir da rota,
dessas garras perigosas?
em entrelinhas,
rogam-me pragas...
Corajosamente, face a face!
E com efeito burburinho,
Emano algumas palavras,
Sem sentido, tôla, fácil
Mais sigo a minha linha.
Não me desvio.
Nem mesmo,
Quando desviam-se em mim...

(Toda experiência é benévola, as sofridas, as não doídas... e não é que há beleza na dor de amor?)

PERMITA-SE!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Oi, Céu vermelhinho..

Ai de mim
que vivo aqui
a imaginar-te mais uma vez
compondo pedacinhos de mim

.........................

a esperança é realmente muito doce
convidativa, amiga e expressiva
sempre me mostra
o quanto ela gosta
de me ver tão bem assim

.........................

e quando eu volto pra casa
cansada de mais um dia
o céu me diz assim
- me vê? me vê vermelhino indo dormir?
-uma coisa eu te digo matusquela
tenha pressa em ser feliz...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Desalinhos devidamente alinhados em mim!

...e um frio de repente, tomou conta de minhas entranhas sem que eu pudesse evitar, agir contra ou defender-me apenas... tomada fui, por tamanha força física temporal - o "frio- amor" que gela o peito e nos enfraquece... nunca mais eu lembraria desta dor de amor, se provada novamente eu nunca fosse... mas não há quem consiga ir contra as resoluções do destino... é no mais remoto caminhar, que em algumas ocasiões, surgem o chão dos novos passos... e se isso acontece, efeito inteligente a natureza pretende que soframos. Mutações necessárias para um bom evoluir de alma terrena... a vida que vive-se com intensa voracidade no dia a dia traduz-se logo mais, em dias já contados, passados, vividos... e o que adianta iniciar e conduzir a linha vitalícia em certeiro alinho, se desalinhar-se de nós mesmos é o que diariamente, a própria vida noz faz?
Incoerente a vida? Malvada, bandida?
Não... a vida é professora.. que não teoriza sentimentos e não aplica métodos inovadores para aperfeiçoamento de pessoas... Aprende-se a viver vivendo.... na prática.. Viva e viva.

domingo, 2 de dezembro de 2007

como poder viver sem parte inteira de mim mesmo?

Em épocas novas de luzinhas brilhantes,
Sinto meu peito ansiando por respostas...
Mais o tempo, me fala em entrelinhas
O que muitas vezes, eu não consigo traduzir...
Grita justamente fatos e verdades,
Que passa-se nesta minha vida carrossel...

Em cada manhã,
Em cada nova cor de azul do céu vista por mim
Nasce simultaneo desejo de compartilhar um afeto
Uma vida,
Uma xícara de café,
Um beijo de boa noite,
Um sorriso cumplice,
Um ombro fiel, forte e amigo...

Enxergo-me, frente ao perigo maldoso da solidão
Por opção,
Por opção,
Pois novamente, a mim seria traição
Privar-me do simples desejo de desejar-te, só a ti...
Só a ti, só a ti, só a ti...
E ai, como eu te desejo!!!!!!!!!!!

Há tantos tempos já estás aqui... você bem sabias...

Existiu a um certo tempo atrás
Um lugar mágico
Onde inconscientemente eu me fiz perceber
Que lá, estava o grande enlace de minh'alma.
*
Não sei por que cargas d'água do destino,
a vida forçou-me a ir de encontro à minha própria vida
Talvez para que eu pudesse preparar-me a alma
Para só então receber-te em meu peito...
Precisava sim estar
Repleta de certezas e desejos
E indestrutível vontade de querer ver-te em mim
A cada dia novo que a vida me presenteia...
*
Mesmo sem que você saiba meu amor
Ja faço isso
Enxergo-te em mim,
Todos os dias...
Imagino-te aqui,
perto de mim...
*
Cuidados mútuos,
Desejos mútuos,
Amor correspondido,
Gratuito,
Simbiose justa e feliz...
*
De uma coisa eu sei,
Fazemos bem um ao outro,
Diariamente,
pelo simples fato de existirmos,
mesmo que de longe,
na vida um do outro..
*
E mesmo que a danada vida,
Não haja a nosso favor nunca neste ciclo que nos encontramos hoje,
Não há fatos que mudem,
Pois o amor,
Ah, o meu amor,
Ele foi, pré-estabelecido por nós,
Antes mesmo de sermos quem achamos que somos!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indescência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita o mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo ESPERA, tudo suporta.
O AMOR NUNCA FALHA

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O que posso dizer de mim?
Do que sinto e enxergo como tôla
É que fui linda e transparente
Como criança pura
Como cristal translucido
O que me eleva
Te encolhe
O que me enobrece
Te empobrece
Como então caminharmos juntos?
Se a diferença entre nós é gritante?
Como ser imperfeito
Sinto-me aluna da vida
Vivo aceitando seus propositos e ensinamentos
E acreditando em fatos sem sentidos...
Pois sim,
Não existem tais fatos sem sentidos...
Sem sentido parece apenas pelos olhos de quem não enxerga!!
A minha vida
é uma poderosa e honrosa escola
e preciso, quase que de imediato
tolerar-me mesmo sentindo nojo de mim por ter cedido a ti...
impiedosamente,
tornou-se carrasco de sentimentos nobres...
maldosamente,
tentou iludir-me a alma...
mais querias tu
que desprotegida pelos céus eu fosse
o meu escudo refletor
reflete-me em vocÊ
sente?
sente minha luz?
ofusca-se?

não.. não te ofusco..

sabes por que?

por que fosco és por natureza
e antes de emitir brilho algum
polido terás que ser...
quando?
em uma outra vida, talvez...

Portanto...................................

Até outra vida caro amigo!

domingo, 4 de novembro de 2007

Volte amiga Esperança...

Era uma vez, uma menina que vivia perto do mar.. Amava o sol e os ciclos da vida e também de ir à praia caminhar... Em uma de suas andanças, conheceu uma tal de Esperança, e por ela se pôs a encantar... Sentaram na areia e montinhos construíram... A felicidade da menina era bonita de se ver, do prazer de certamente a Esperança conhecer... Mal sabia a menina, das torturas desta vida e da natureza que amava que era sábia e ensinava... De repente sobre os seus olhos, uma onda grande se aproximava, e todo o seu trabalho, ela de leve arrastava... A amiga Esperança de água não suportava, pois lavava as luzinhas que a sua íris emanava... Ela olhou assustada, e então compreendeu, nesse ciclo da vida outro elo se rompeu... A Esperança minha amiga, pelo céu desapareceu...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Faz de Mim um Passarinho da Próxima vez?

Acho que levarei você através do infinito dos meus dias...
Até o momento em que lentamente,
A morte tomar-me em teus negros braços,
E embalar-me, feito criança,
Cantando uma bela canção de ninar próxima a minha face,
Com seu hálito frio e pútrido,
Que a muitos atormenta e que a muitos amedronta...
*
Oh amiga morte...
Demorarás quanto tempo até nosso sublime encontro?
Pois sim, esta esperada dor livrar-me-á de tamanha tormenta...
Que tristeza viver a caminhar por entre ruas escuras e despenhadeiros,
Tropeçando por entre pedras,
Endurecendo os pés, enrijecendo a alma,
Já tão castigados, outrora, pela incansável quimera da vida...
*
Bendito os que o hálito pútrido da morte beijou,
Enlaçando-se em seu cobertor fosco,
Que retirará dos meus olhos o brilho da luz...
Que transbordará sobre mim o algor do peito meu...
Que sugará o rubor de minha boca...
Que me transformará de novo em ciclo...
*
Ciclos em cadência...
E depois de minha partida,
Para a Terra da minha então amiga morte,
Recebo novamente bilhetes de sorte,
Mandando-me de volta para casa,
De novo, para o maravilhoso caos da vida...
*
O ar inspirado de volta pelo criador,
Regenera-me em um ser íntegro novamente...
Amigo Criador...
Não me faz tão gente, de novo assim...
Deixa-me sentir a vida irracionalmente...
Aceitando os bons ventos e os bons frutos,
Que condicionar-me-a a perceber na natureza...
*
Criaste-me sob sua semelhança,
Fui ferida, fui sofrida...
Fez de mim fruto perfeito de sua criação,
Desvalorizada, subestimada..
*
Faz-me então passarinho da próxima vez,
Para que eu não pouse sequer próximo ao meu amor,
Para que eu viva sempre, a inverter-me em caminhos longínquos,
Longe de toda a tristeza e pesar de ser gente pensante.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

tum-tum? juraaa??

Hoje
Meu
Coração

de
Folga
Ele
Foi
Alí,
Passear
e
Rir...
*
Quando
Ele
Voltar,
Vou
Dizer
Que
O
Passeio
Muito
Bem
Lhe
Fez..
*
Viu, coração?
*
tum-tum tum-tum tum-tum tum-tum tum-tum

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Mais que surpresa...

Não sei de onde vem,
Sentimento puro e fresco,
Que me surpreende o peito,
Nessas doces alvoradas,
Que ando a videar...
*
O passaredo já cedinho,
Vai fazendo o barulhinho,
De vida pura levantando...
Pois pura sim parece ser,
A vida do passarinho...
*
Passarinho que voa solto,
Muito perto do incerto...
Precisa de alento, carinho e discernimento,
Pois a vida é preciosa,
E precisa ser honrosa,
E precisa ser feliz....
*
E eu que nunca quis,
Acreditar no passarinho,
Por ouvir deveras vezes
Cantigas a seu respeito,
Sinto-me doer o peito,
De remorso e alegria
Por ter-te pensado mal e
Por ver-te todo dia...

sábado, 13 de outubro de 2007

dark love, let's go baby

Sabia-se que o caminho era inseguro... Era impossível ver além do nevoeiro... A sensação de frio era intensa, e os sons que os ouvidos podiam captar, eram sons de arvores revoltas, que moviam-se, parecendo quase estar vivas... O vento também sussurrava forte, avisando-me os perigos de onde andava... De repente, águias surpreenderam-me ferozmente e com um galho tentei afastá-los para longe dos meus olhos... Sim, essas águias nutriam-se de olhos humanos... Na fuga desesperada, acabei entrando em uma gruta... Uma fina camada de água fazia da gruta um lugar mais aquecido.. Água aquecida pensei... Uma cisterna de água, onde possivelmente abrigue algumas vidas... As paredes da gruta tornavam-na um pequeno ambiente aquecido no meio daquele gélido e ameaçador inferno que eu me deparara minutos antes.. Acendi meu isqueiro bic na tentativa de encontrar algum montinho que me servisse de apoio naquela tórrida noite... E o único monte visualizado por esses meus olhos disputados por águias, foi um monte de corpos mutilados e sangrentos...
****

Deus.. Será este o meu fim? Terrível fim terei esta noite... Devia ter escutado o vento, que uivou detalhes em meus ouvidos e eu insensível, nem sequer atenção lhes concedi... Uma claridade de repente, cegou-me... Luz deveras forte... Tão forte que ensurdecia tamanha dor captada pelas íris... Dor ensurdecedora... Gritei muda, arranquei os cabelos... De que adiantaria desespero quando não se sabe o q acontecerá? Em algumas situações, a vida é deveras dura, tanto quanto a claridade... Impõe-lhe situações que por mais dolorosa que pareçam, são proveitosas, instigantes... Faz-te sentir-se vivo... Viver sem sentir o peito doer é triste... Pela dor, reconheces o amor... E valoriza passos inseguros que um dia ousastes pisar... Isso serviu-me de ânimo... E resolvi enfrentar tal fera, que mutilava e comprimia humanos a pó...
****
Respiro fundo.. Senti o mundo... Tenho liquido quente que circula pelas veias... Sinto essa circulação... É ritmada... Compassada... Carrego bomba biológica em mim... Bomba mecânica... Forte e vermelha... No meu plexo solar explode luz... Emana... Do fundo de mim.. Luz clara e amarela... Fagulhas em tons vermelhos ilustram as pontas das chamas... Por que elas parecem estrelas... As fagulhas... Fagulhas estreladas em partes de mim, emanadas por mim, produzidas por mim
****
Sou a força de que preciso.
Sou a luz de que preciso.
Tenho em mim ações e intenções.
Tenho em mim vontade e querer.
E agora, ninguém mais vai poder,
Reduzir-me a vapor,
Oferecer-me outra dor,
Tirar-me amor...
****

Protegida pelo escudo em broquel que parí,
Vivo agora a tentar entender o que pedí,
Aos céus no instante em que achei: - ah hoje morrerei...
****

Pedí aos céus meus amigos,
De novo, um bom teto, um abrigo,
Protegido de ventos uivantes,
De crateras, rochosas e fervilhantes,
De corpinhos mutilados, coitados...
****

Pedí aos céus consciência,
Que me tire da vida a demência,
De tratar o amor como um chão.

sábado, 6 de outubro de 2007

Sentidos ao Vento (olhos fechados e sopre bem!)

Os novos laços,
Primeiros, depois de muito;
Iniciaram-se ao léu.
Por força do acaso,
Por querer do destino...
***

Encheu-me de fagulhas,
Sem pretensões, sem corações...
Repleta de sentidos,
Tato, gosto, cheiro...
***

Muito mais notável, que qualquer palavra não dita, amor..
Ou mal-dita..
Maldita?
Mal ditas, são palavras que o vento leva..
***

Os sentidos? Aqui estão..
Acumulados, resguardados,
A espera da efervescência de que se espera,
De todo e qualquer caso de amor,
Mal arrumado,
Mal alinhado,
Mais repleto de cheiro bom,
De gosto bom,
E de sintonia carnal, quente e sólida como um bom aperto de mão.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Alma em cacos de amor

O quebrantar de minh’alma
Em pedacinhos de mim
Revela hoje, o meu peito triste
Que abre-se em flores e estrelas
Vivendo em ânsia ritmada
Imaginando assim os passos teus,
Ao longo caminhar do infinito inimaginável...
**
Não preciso ver-te
Sinto-te em espírito
E percebo que não estas longe
Na verdade, estas perto, bem aqui
Dentro do sol que existe em mim
Nem mais tão brilhante como ouro
Nem mais tão importante como vida...
**
Poço escuro, antes luminoso,
Agora escondido,
Nas profundezas lamosas da minha dor,
E quanto ao gélido ar que transita em minhas vísceras
Serve-me hoje de estímulo devastador e revigorante
Transforma-se diariamente em combustível
Terrivelmente e agradavelmente condoído
Guardado nos cacos do que restou de mim..

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"E eis que aqui estou,
Inteira, em peito meu,
Fervilhando, trepidando, apertado,
Ansiando novamente beijos teus..
**
Do encanto à magia da incerteza,
Retiro cada migalha de descaso.
Assim, levemente com um riso,
Afasto a agonia do meu lado..
**
Vinde a mim pois, meu encanto..
E deixa-me contemplar este seu riso,
Que a minha vida insiste em querer bem."

quarta-feira, 18 de julho de 2007

"Na minha ávida busca por amor
Percebo o tamanho da dor,
Que carrego em meu peito sangrento,
Maldito seja tal sentimento
Que aflige-me a alma,
Nessa busca incessante,
Nesse mar de incertezas...
Sofro todas as vezes,
Quando eu penso enfim ter encontrado,
Então percebo, meu coração esta parado,
E vejo que tudo esta como antes...
Se não me correspondes amor,
O que posso fazer????
Guardo em meu corpo, um amor infinito...
Amor para mim, amor para vc."
"Gélido, o pulsar do sangue em minha veia,
Torpor que toma conta do meu corpo,
Me sinto presa e agarrada numa teia,
Onde só o meu coração se encontra solto.
Caminhos tortuosos, poente em chama,
É assim que percebo o meu corpo na cama,
Enquanto minha alma a tí clama...
Principe Negro? Cavaleiro de Luz?
Seu jeito confuso, a mim seduz...
Me embriagas quando falas,
Palavras soltas, as minhas amarras..."

domingo, 15 de julho de 2007

Espero amor, que percebas a tempo,
O tamanho do meu sentimento,
E que minh'alma pertence à você.

Não percebes que a cada desilusão,
A cada encontro sem beijo,
A cada olhar sem brilho,
Eu morro por você?

Então não percebas tarde, amor...
Se não terás apenas, alguem que te amou,
Pois o meu coração que tu não queres,
Estará em algum jardim,
Enterrado junto aos vermes,
Esperando ao menos uma flor!
Não quero renunciar esse amor,
Esse amor que só eu sinto,
Pois com todo o meu sofrimento,
Esse amor é o que eu preciso.
Enxergo-me na tua alma,
Todas as vezes que te vejo..
Só tu amor, não percebes,
Que eu sou o teu desejo.
Tenho tudo o que precisas,
Calor, carinho, acalento.
Mais preferes ficar só,
Provocando o meu tormento.

sábado, 14 de julho de 2007

O que o mundo me reserva?
Queria você amor, mais ao menos,
Ouve o que te digo..
Se você pudesse sentir o meu peito pulsando por você...

Oh destino que guarda o meu futuro,
Me conta se um dia terei o meu amor...

Oh Deuses, Fadas, Anjos e Gnomos,
Olhem por mim, pelo meu coração insano,
Pela energia que vaza do meu corpo e que o vento leva...

Chega! Eu não quero mais sofrer..
Não quero mais ser esse poço de energia e amor irradiante...
Quero ser sol... Seu sol...
Deixa amor, eu te iluminar com meu calor, com minha paixão, com minha força..

Faz de mim a sua luz. E me deixa fazer de você o ar que compõe a minha chama...
O não poder me mata
O tem que ser, me aflige
Eu quero assim e pronto
Ir ao meu encontro.

Perdida, sem rumo
Procuro meu sumo
Minha força de viver
Que só encontro em tí,
Luz do meu ser

Absorver a sua aura
Sentir a força da sua luz
Amar-te completamente
Sem querer você me induz

Os detalhes do dia a dia
Me faz querer-te mais
As confusões de nossas vidas,
Os medos... deixo pra tras

Expulso os meus receios
Meus erros, meus devaneios.
Mais resisto firmemente
A esse amor que você não sente
A essa dor que escolhí pra mim.
Caminhando em vales fechados
Sinto meu corpo aos pedaços,
Caindo por partes ao chão.

A minha ínfima dor,
Que cresce a cada hora em meu ser,
Hoje parece ter-me rasgado
E eu, a recebo de bom grado!!!

Dor, prodigiosa dor,
Que cerca a minha vida de dúvidas,
Me faz tomar decisões,
Me faz cegar o coração...

Coração cego, razão viva!!!

Como queria ser outro animal,
Como queria ser irracional,
E viver aceitando a vida,
Como a natureza quisesse...